Às vezes acho que o tempo passa rápido demais. As coisas parecem caminhar em um ritmo acelerado, tenho medo de não conseguir dar conta das responsabilidades, de estar dando passos maiores que minhas pernas. Mas então me pergunto, poderia ser de outra forma?
Tenho agora 22 anos. Putz, 22 anos! E o que eu construí até agora, além de uma pretensa "carreira" e de obter a incompreensão de boa parte dos parentes? Em verdade, nada de muito concreto. É claro que tenho feito algumas (poucas, mas muito boas) amizades ao longo dos anos, tenho (quero crer) uma biblioteca razoavelmente boa para uma estudante de Letras, algumas dívidas no cartão de crédito... Só que o velho lance de "plantar uma árvore, escrever um livro, ter um filho", isto é, deixar seu "legado" para a humanidade - de alguma forma, parece que sempre desejamos driblar a morte -, ainda não rolou.
Talvez não role. Nunca. Porque é pretensão demais achar que todos os que surgem na Terra vão fazer algo de verdadeiramente útil para o próximo ou para as gerações futuras - e pretensão maior ainda é eu achar que serei uma dessas pessoas. É até legal ter um pensamento desse tipo, extremamente positivo, embora não seja nada realista.
Entretanto, às vezes, no mundo caótico em que vivemos, é necessário se agarrar a alguma utopia, para que possamos seguir em frente e acreditar que podemos mudar a ordem das coisas, fazer a diferença.
Não, eu não acho que ninguém deva se sentir obrigado a fazer nada por ou para alguém. E essa ideia de que todos temos uma "missão" também não cola comigo. Simplesmente creio que você deve fazer aquilo que acha que deve fazer, aquilo que você acha que fará você se sentir bem. E "don't worry, be happy!"
Tenho tentado seguir essa receita nos últimos 22 anos. Nem sempre funciona, é verdade. Mas não se pode ganhar todas, não é mesmo?
Tenho tentado seguir essa receita nos últimos 22 anos. Nem sempre funciona, é verdade. Mas não se pode ganhar todas, não é mesmo?
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